E eis que entramos em modo natalício. O espírito desceu em mim e até começo a ficar com vontade de cantar aquelas músicas pirosas que se ouvem nas ruas desde 1932. Não sou daquele tipo de pessoas que critica tudo o que lembra natal, não sou radical ao ponto de entrar em desespero por isto ou por aquilo. Não sou dada a épocas pré-definidas seja para o que for (penso que já tinha dito isso no halloween). Mas gosto do espírito que se cria no natal. Falso, consumista, com corridas desenfreadas às lojas, comida à bruta? É possível, mas nada disso me importa, porque a verdade é que o ambiente é realmente reconfortante e apela à pirosice da árvore de natal, da escolha das cores e da troca de presentes entre amigos (cuidadosamente escolhidos numa margem criteriosa, entre os 2€ e os 5€). A minha forma de ver o natal não mete prendas obrigatórias nem jantar de 30 pessoas, nada disso. Durante muitos e muitos anos sempre fomos três, eu e os meus país, e nunca foi um natal menos bom ou mais chato, nunca. Hoje em dia subimos a fasquia para seis, os três de sempre e o meu homem e os respetivos sogros (não somos casados, mas é como se fossemos). Não há crianças no nosso jantar de natal, nem no momento de trocar as prendas, mas posso garantir que é sempre a verdadeira animação. Isto tudo para dizer o quê? Para dizer que o espírito do natal (e de qualquer outra época ou momento da vida), depende da nossa disposição e da nossa vontade em ser feliz e aproveitarmos tudo o que temos, sendo pouco ou muito. Para dizer que quer queiramos, quer não, o natal traz muito, muito que noutras épocas do ano não há. E eu gosto, pronto. Mas isso sou eu, que fique claro!
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